14 agosto 2007

Biblioteca protegida por morcegos?

Imagina se a moda pega...
Reportagem retirada do site O Globo:

Bibliotece Joanina é um tesouro protegido por morcegos

Publicada em 08/08/2007 às 21h59m

Cláudia Meneses - O Globo Online

Biblioteca Joanina, da Universidade de Coimbra. Foto de Nuno Calvet, do site Images of Portugal

COIMBRA, Portugal - A Biblioteca Joanina é um monumento de Portugal e faz parte do roteiro indispensável dos turistas que vão a Coimbra. É linda, mas o visitante não tem como levar imagens de lembrança: é proibido fazer fotos lá dentro. De estilo barroco, ela abriga os principais documentos que datam dos séculos XVI, XVI e VIII, contendo, nos seus dois pisos, cerca de 100 mil volumes.

A biblioteca foi construída de 1717 a 1728. Acredita-se que o projeto seja português, mas o nome do arquiteto é ignorado. O mobiliário foi feito de madeiras exóticas, brasileiras e orientais, de excelente qualidade, para dificultar que seja destruída por insetos.

Morcegos comem os insetos

Também para proteger os livros e os móveis, há uma colônia de morcegos. À noite, eles comem os insetos. Para evitar que as mesas sejam danificadas com as fezes deles, são cobertas de noite com toalhas de couro. De manhã, elas são retiradas e tudo é limpo.

Detalhe da pintura do teto da Biblioteca Joanina. Foto de Antonio Sacchetti, do site Images of Portugal A construção tem três andares. No inferior, construído antes, ficava a antiga prisão dos estudantes, de origem medieval. No segundo, há um depósito de livros e, no terceiro, há três salas que nós turistas podemos visitar. Nas estantes, estão cerca de 40 mil volumes encadernados, e que podem ser consultados, após se fazer um pedido no edifício da Biblioteca Geral. O espaço é utilizado também para concertos e eventos culturais.

Cada sala tem duas grandes mesas, além de quatro pequenos gabinetes, criados para que os professores pudessem trabalhar com mais tranqüilidade. O chão é de pedra, calcário, de cores diferentes.

Paredes com três metros de espessura

As paredes da biblioteca têm mais de três metros de espessura, o que faz com que temperatura não caia mesmo no inverno, mantendo-se constante entre 18 e 20 graus. A umidade também é estável, em torno de 60%, para que as coleções e a decoração interior se mantenham em bom estado de conservação. Os portais parecem ser revestidos de mármore, mas, na verdade, são de madeira brasileira.

No centro da biblioteca, está o retrato do rei Dom João V, que é visto logo quando se entra no local. Diz-se que a construção parece uma igreja, com a imagem do monarca no altar. Ao invés de cenas bíblicas, no entanto, haveria livros nas estantes.

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