06 maio 2011

Poema

Tirei do livro Morte de tinta, de Cornelia Funke.

Sempre que o mundo me desespera
E acordo de noite ao menor ruído
Temeroso pela minha vida e a dos meus filhos,
Acudo até onde o pato silvestre
Repousa, belo, sobre as águas
E onde pesca a garça real.
Encontro então a paz dos seres selvagens,
Que não desperdiçam a própria vida com preocupações.
E em presença das águas plácidas
Sinto sobre mim as estrelas, cegas durante o dia,
Quietas em sua luz. Por um momento
Eu descanso na grandeza do mundo, e sou livre.

(Wendell Berry, The peace of wild things)

Nenhum comentário: