19 janeiro 2007

Felicidade

O ser humano vive em busca da felicidade. Em um mundo envolto em tragédias, desgraças e violências, a esperança de um mundo melhor se faz mais do que necessária, se faz urgente. E no meio da esperança de um mundo melhor, a felicidade pessoal ganha força. Afinal, quem não quer ser feliz, acordar com um sorriso no rosto, trabalhar no que gosta - e ganhando bem, viver em uma casa própria, ter suas contas em dia - sem nenhuma dívida pendente, ter saúde e morar em um lugar tranqüilo e seguro? Acho que a maioria da população gostaria. Mas o nosso mundo acaba frustrando as nossas expectativas. É desemprego, violência em toda a parte, descaso com o próximo, valores invertidos e natureza destruída - e a culpa é exclusivamente do ser humano. Ao mesmo tempo em que quer um mundo melhor, ele o destrói. O que vale é o imediatismo, o aqui e agora - não se preocupando com as gerações futuras. Mas quer a felicidade. Queremos ser felizes, é da nossa natureza. Um exemplo simples disso é o final dos filmes - boa parte das pessoas gosta de finais felizes, onde tudo se acerta, casais se formam, famílias ficam em harmonia e o Sol aparece em um céu azul e limpo. De certa forma, ao final do filme, estamos felizes também. E não posso negar, sou assim também. Apesar de um certo pessimismo inerente ao meu ser, quero acreditar num mundo melhor para mim e para as gerações futuras. Que a esperança, a única coisa que restou na caixa que Pandora abriu, possa se espalhar e agir em nós. Que através dela o ser humano comece a agir, a tomar consciência da importância dos seus atos e suas conseqüências para o mundo. E então poder gritar a plenos pulmões: EU SOU FELIZ!

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