28 setembro 2007

Relatos da Bienal, parte 2: o encontro com um australiano


Bem, continuando os relatos sobre a Bienal, vou contar sobre o primeiro dia que fui: 15 de setembro, dia de estar cara a cara com o criador do fenômeno de vendas A menina que roubava livros, Markus Zusak. Cheguei praticamente na hora de pegar a senha para o evento no auditório. Já ali se encontrava uma fila, pequena se comparada com as filas que estavam por vir. Peguei minha senha, feliz que iria ver o cara por trás do livro que li e adorei, e fui fazer comprinhas. E pra variar, nenhum descontinho... Faltando 10 minutos para começar a entrevista, lá vou eu pra fila... pra gigantesca fila! Até entrar todo mundo o horário da entrevista já tinha atrasado pra caramba. Isso porque quando eu estava a poucos metros de entrar, uma mulher vem avisar que os lugares sentados haviam acabado. Legal, ainda por cima distribuíram senhas a mais, pensei. Mas no final deu todo mundo no auditório, sentados em cadeiras ou no chão, como eu. Enquanto esperavam todo o povo entrar, Markus Zusak conversava com a entrevistadora e algumas pessoas. Tirava fotos com quem pedisse e chegou a falar com a mulher que estava sentada do meu lado, no chão. Enfim, uma simpatia. E a entrevista começou e ele conversou um pouco sobre ele, a maneira como escreve, do livro que o trouxe ao Brasil, do sucesso que ele não esperava ter com esse livro, além de contar alguns "causos". O homem é bem humorado, solícito e ainda matou um pouco a curiosidade de quem queria saber o destino de alguns personagens. Depois da entrevista, lá foi ele pra Praça do Autógrafo, assinar os seus livros. Fui dar um pequeno rolé e fui pra tal praça. A fila já estava um tanto grande, mas a burra aqui, ao invés de ficar na fila, foi lanchar e se estressar com os lerdos do Rei do Mate. Quando voltei... a fila tinha aumentado! Se não fosse o meu namorado estar comigo, teria desistido, era muita gente. E a fila, que era grande, não andava! Sem brincadeira, foram umas 3 horas na fila! E o Zusak lá, autografando, tirando fotos, todo simpático. Devia estar um caco, mas quando chegou na minha vez, isso lá pra perto do final do expediente da Bienal, me atendeu com a mesma simpatia e atenção que atendeu os outros. E o autógrafo não foi simples não, teve até desenho da ponte de Sidney! Agora imaginem só fazer isso em TODOS os livros das pessoas que estiveram por ali, naquela fila imensa! E sem perder o bom humor! O cara é um santo...rs... E olha que tinha horas que dava uma raiva do povo da frente da fila... tinha gente com mais de um livro e até cortesia de editor pro homem autografar, sacanagem isso! Nesse ponto faltou organização. Deveriam restringir a um livro por pessoa e, a partir de uma determinada hora, acabar com a fila. O cara ficou das 18 e pouco até quase 23 horas autografando direto, coitado! Mas valeu as horas passadas nas 3 filas que enfrentei. Tive a oportunidade de conhecer um cara jovem, mas com muito talento para escrever uma bonita história cuja Morte é a narradora. Isso mesmo, a narradora do livro A menina que roubava livros é nada mais, nada menos que a Morte. E a história é bonita, vale a pena ser lida.

Para quem quer conhecer um pouquinho desse autor, ele deu uma entrevista na Globo News, cujo link coloco aqui.

Nenhum comentário: