15 agosto 2008

A importância de ouvir histórias

Li o texto que coloco abaixo no blog do Galeno (www.brasilquele.com.br) e achei tão interessante que resolvi compartilhar aqui.

Leitura ajuda na recuperação de bebês prematuros
RJTV - 1ª Edição - 14/8/2008


Um grupo de voluntários e pedagogos está ajudando a curar bebês internados em UTI. A receita para o milagre está na palavra e na magia das histórias infantis.

Quais são os cuidados que devemos ter com bebês prematuros? O RJTV mostra uma maneira lúdica e linda de tratar os recém-nascidos. A receita para o milagre está na magia das histórias infantis.

As palavras e a melodia da voz encantam o pequeno Gabriel. Ele só tem dez dias de vida e já gosta de ouvir histórias. O irmão gêmeo, Rafael, também adora. Na hora da leitura, não tem choro nem manha. Eles ficam atentos a cada som.

Lilian Carolina acompanha a leitura e admite: “Eu também gosto de ouvir as histórias, porque são interessantes, e eu lembro do meu tempo de criança. Elas são muito divertidas”, conta a mãe dos gêmeos.

Os dois bebês nasceram prematuros, com sete meses, e estão internados na UTI Neonatal do Instituto Fernandes Figueira, onde o tratamento de bebês, que precisam de cuidados especiais, conta com a ajuda dos médicos e de cinco voluntários que lêem poesia e contos de fadas.

O trabalho é realizado há três anos, e a voluntária do projeto Maria Helena Guimarães faz questão de participar. “Você cria uma relação amorosa com essas crianças. Elas te fazem bem. Elas, evidentemente, não percebem isso. Você acalma as crianças, e elas dormem. O batimento cardíaco delas estabiliza. Mas essa relação amorosa é muito mais pra gente do que para elas. Por isso, eu digo que eu ganho mais do que as crianças”, afirma.

No recém-nascido, o sentido mais desenvolvido é a audição. As histórias desenvolvem a percepção do bebê. Especialistas em educação infantil afirmam: quanto mais cedo um prematuro for estimulado pela voz, menos seqüelas de alguma doença ele vai ter.

“Cada vez mais o bebê precisa ser desenvolvido em tudo: na visão, na audição, nas percepções. A voz vai estimular isso, apresentando o mundo através da fantasia e da imaginação e dos sonhos”, diz a coordenadora do projeto Magdalena Oliveira.

Os textos com rimas são os preferidos, porque são mais sonoros. Eles acalmam, dão prazer em segundo a médica neonatologista Olga Bonfim, contribuem para a medicina. “Isso estimula que o bebê participe mais do seu meio ambiente. Na medida em que você proporciona isso ao bebê, ele consegue interagir melhor com o meio”, explica.

Gabriel nasceu com um problema respiratório e ficou dois meses internado na UTI. Ele ouviu muitas histórias e, hoje, com um ano de idade não se desgruda dos livros. “Ele presta atenção. A gente fala os objetos, e ele vê. Ele fica bem atento às histórias. A gente sente que ele está melhorando a cada dia. Tudo indica que ele vai ser um grande leitor”, afirma Ana Cristina Ramos, mãe de Gabriel.

Quem quiser participar do projeto Biblioteca Viva pode ligar para o número (21) 2544-1900.

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