08 setembro 2006

Escritos

Volta e meia leio em algum lugar da importância da palavra escrita. Mas em certas situações vejo que realmente as idéias passadas para o papel têm a sua importância. Afinal, o que falamos em um certo momento pode ser importante, mas, se não for registrado, acaba se perdendo. Foi um pouco nesse sentido que surgiu a escrita, da necessidade de se registrar fatos importantes que, de outra forma, acabariam caindo no esquecimento. Ok, mas qual seria a situação em que ela se faz mesmo importante? Para mim, quando registra as histórias, idéias de pessoas geniais que não estão mais presentes entre nós. Várias vezes me pego terminando de ler um livro, achando legal a forma com que o autor passou a história e, quando vou ver a biografia do autor, ele (ou ela) já faleceu. Dá uma certa tristeza saber que essa pessoa já se foi, que não irá criar outras histórias, outros poemas, outras idéias. Mas ali, no momento em que leio, essa pessoa está mais viva do que nunca. É essa a importância da palavra escrita: através dela o autor vive, dialogando com o leitor, passando suas experiências, como se estivesse ali, bem do ladinho, conversando, vivo. Não é a toa que os livros existem, que a escrita, mesmo mudando de suporte (das paredes das cavernas até o mundo informatizado de hoje), é a maior invenção de todos os séculos. E sei que, daqui a muitos anos, quando eu e outros não estivermos mais por este mundo, outros poderão ler o que escrevemos e, nesse momento, estaremos, mais uma vez, vivos.

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