12 outubro 2006

Conto

Esse pequeno conto surgiu no metrô, indo para o trabalho. Não sei se está bem escrito ou se a história interessante, mas gostaria da opinião dos poucos que visitam este humilde blog.
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Era dia, o ceú estava claro, limpo, azul. Mais um dia se iniciava, com promessas de produtividade no trabalho. Morpheu tinha dito que estaria a minha espera de noite, como fazia todos os dias. E a manhã prosseguiu. Realmente, o trabalho estava sendo produtivo, rendendo bons frutos. Nunca havia trabalhado com tanto gás como naquela manhã. Mas um telefonema me despertou do transe trabalhístico em que me encontrava. Com surpresa, vi que era Morpheu do outro lado da linha.
- Olá, minha adorada pessoa!
- Morpheu, o que aconteceu para me ligar a esta hora?
- Ora, senti a sua falta, por isso estou ligando.
- Sei, sei. Só que estou no meio do meu trabalho. Não posso parar só para atendê-lo.
- Nossa, que jeito de tratar as pessoas! E você consegue arranjar amigos sendo grossa desse jeito?
- Você sabe que não estou sendo grossa. Combinamos de nos ver à noite, então não precisa ligar de manhã, no meio do meu expediente.
- Ok então, to desligando agora mesmo.
Morpheu desligou. E eu fiquei intrigada com o telefonema. Afinal, não tinha necessidade de me ligar aquela hora. Com isso, minha produtividade começou lentamente a cair...
Minutos depois, o telefone toca novamente. Era ele, de novo.
- Olá, minha adorada pessoa!
- De novo, Morpheu! Já não falei que estou trabalhando?
- Sim, eu sei, mas vou tirá-la deste tormento. Estou indo te buscar. Me espere na entrada do prédio.
- Mas Morpheu!
- Nos vemos daqui a pouco.
- Morph...
- Tchau!
E desligou. Essa era boa, meu trabalho era um tormento e Morpheu ia me salvar... eu mereço. Tentei ligar para ele, para que ele não viesse, mas foi em vão. Ele não atendeu o celular. E agora, o que fazer? Eu tinha pouco tempo para agir, mas nenhuma idéia vinha a minha mente. De repente, o telefone toca.
- Minha adorada, acabei de pegar o carro. Em dez minutos chego aí. Me espere, hein!
- Morpheu!
Desligou. Dez minutos... o que fazer? Olhei para a minha mesa, o meu trabalho espalhado, inacabado. Meu gás aos poucos foi indo embora. Sem perceber, passaram-se cinco minutos. E o telefone tocou novamente.
- Minha adorada, já está na porta do prédio?
- Ainda não, Morpheu, e nem irei estar!
- Ah vai sim! Em cinco minutos estou chegando.
- Mor...
Desligou de novo. De repente, tive uma idéia. Eu iria impedir Morpheu de entrar no prédio. Chamei Cafea Coke, um segurança altão que trabalha no prédio. Ele sim impediria Morpheu de me buscar. Expliquei a situação e ele me prometeu que Morpheu não iria entrar no prédio. Um minuto, toca o telefone.
- Minha adorada, estou entrando na sua rua, não saia da entrada, que já estou chegando.
Dessa vez nem tive tempo de falar nada.
Hora marcada. A ansiedade me corroía por dentro. Será que Cafea Coke conseguiu impedi-lo? Resolvi ligar para a portaria do prédio. Ninguém atendeu. Muito estranho, pois sempre fica alguém na portaria. De repente, alguém bate à minha porta. Sem esperar resposta, Morpheu abre a porta e abre um sorriso para mim.
Tarde demais. Caí nos braços de Morpheu e dormi.

3 comentários:

Unknown disse...

SHOW DE BOLA!
Muito bonito. Simples e bem claro. Ângela, você soube como fazer um conto simples sem cair no comum... Parabéns!

Marcio Neves Machado disse...

hahhahaha, fantástico, fantástico... bastante criativo ^^
Muito bom, mesmo :D

Anônimo disse...

template bunitao!
parece ate vc nele!
saudades bju e otima semana!